Para não dizer mais, aquele que acha Hoshi assustador ainda está a falar de um gabinete de imprensa. O que não é a mesma coisa, de todo, com um adido de imprensa.
Para mim, digamos que comecei como assessora de imprensa e agora sou uma comunicadora. Qual é a diferença, pode perguntar? É simples: a estratégia.
É fácil conseguir um cliente, propor uma duração da missão, um preço fixo para o tempo de trabalho. O que não está ao alcance de todos é ser capaz de identificar as necessidades, mudanças, soluções, de desenvolver uma estratégia em suma, antes de chegar aos meios de comunicação social.
Ter um website mal concebido, não referenciado, um logotipo « antiquado », uma carta gráfica que remonta à minha avó, ou escolher as cores de uma caixa através de um inquérito no Instagram, não é uma garantia de credibilidade, para tranquilizar o cliente/alvo. Por vezes, até é preciso fazer narração de histórias, encontrar um slogan, estabelecer um guia e/ou editorial, e/ou trazer quaisquer soluções inovadoras e eficientes.
Isto aplica-se a todos os campos: política, marcas, designers, artistas.
Não somos apenas uma ligação entre um produto e o público/meios de comunicação social. Nós somos as ideias que não tem, que já não tem. Nós somos o seu valor acrescentado, aquele que torna os seus objetivos realizáveis e sustentáveis. Nós somos o processo de que necessita para estabelecer a sua marca. Nós somos os comunicadores.
Portanto, sim, ainda estou designada, pelo menos na Happy Cultura, para ser uma assessora de imprensa « apenas » para gerir as relações com a imprensa, as relações com os media, como preferir chamar-lhes. Mas hoje, quando, segundo nós, é necessário, propomos esta famosa estratégia. Cabe ao cliente aceitá-lo ou rejeitá-lo. Por exemplo, uma marca que já é bem conhecida, mas que quer subir uma engrenagem, que nos diz estar « bloqueada por um teto de vidro », mas que recusa este ficheiro, as nossas ideias, só terá uma mão amiga durante o período de relações com os media. Se os textos, a apresentação, as ideias estiverem desatualizadas, e é precisamente isso que é apresentado aos media, então não haverá milagres a longo prazo, mas apenas uma ilusão durante o tempo do nosso trabalho com a imprensa.
Um padeiro que se recusa a mudar a sua receita quando ninguém vem comprar o seu pão, mas que me pede para comunicar desta forma, bem, também se pode imaginar isto pela sua janela partida que ele não quer substituir, e que não faz com que os clientes queiram entrar para comprar o seu pão.
Um comunicador vai para além das relações com os media, ele gere a imagem.
Sugiro esta série sobre comunicação.
Mas onde é que o e-reputation/e-notoriety encaixa nisto? Este será o tema de um artigo futuro.
Laure Rebois – o sucesso invisível 😉