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Como evitar burlas turísticas em Portugal,  conselhos práticos e anedotas locais

Como evitar burlas turísticas em Portugal, conselhos práticos e anedotas locais

Milhões de visitantes descobrem todos os anos Lisboa, Porto, o Algarve ou ainda os Açores. Portugal é um país acolhedor, acessível e conhecido pela simpatia do seu povo. Mas, mesmo no reino dos pastéis de nata, não faltam os pequenos espertos. Pois é, como em qualquer destino turístico, ainda há algumas burlas a circular entre as calçadas.

É precisamente por isso que quisemos partilhar as nossas experiências, vividas e comprovadas, em Portugal. Este pequeno guia prático vai ajudá-lo a identificar as armadilhas mais comuns, com truques locais e algumas anedotas saborosas à mistura.

Os táxis e TVDE, atenção às viagens demasiado longas

Nas grandes cidades como Lisboa ou Porto, alguns motoristas de táxi aproveitam-se do facto de os turistas não conhecerem bem a cidade. Dão uma pequena volta extra (por vezes panorâmica até !) para fazer subir a conta, ou alegam que o taxímetro está avariado.

Para evitar transformar um passeio num prejuízo, opte antes por TVDE como Uber, Bolt ou Free Now. Estas aplicações mostram o preço antecipadamente e permitem seguir o trajeto em tempo real (muito prático, sobretudo quando não se fala português). Se preferir um táxi oficial (verde e preto, é difícil não os notar), verifique simplesmente que o taxímetro está ligado desde o início e peça uma estimativa antes de arrancar, assim viaja tranquilo.

Pequena anedota (vivida por uma amiga, posso confirmar !) : acabou de chegar a Lisboa e pagou 35 € por uma viagem até ao centro da cidade… Um Uber teria custado cerca de 12 € (quase três vezes menos !). Uma situação clássica à saída dos aeroportos, mas fácil de evitar quando se conhece o preço normal.


Os restaurantes “apanha-turistas”

Ah, os restaurantes das ruas mais movimentadas… A Rua Augusta em Lisboa, a Ribeira no Porto, ou ainda as frentes de mar do Algarve. Os menus são apelativos, os empregados simpáticos, mas atenção : a conta pode aumentar sem aviso.

O grande clássico ? Aqueles pequenos aperitivos colocados na mesa (pão, queijo, azeitonas) que o empregado traz discretamente, sem que tenha pedido. Antigamente eram oferecidos (e isso era ótimo), mas agora custam entre 2€ e 5€ por pessoa.

O meu conselho : se não quiser pagá-los, recuse-os educadamente logo no início ou deixe-os simplesmente intactos na mesa. E antes de pagar, dê uma olhadela ao talão: por vezes aparece lá um extra-surpresa.

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Para uma refeição mais autêntica, siga para as tascas, esses pequenos restaurantes familiares, muitas vezes escondidos nas ruas paralelas. Aí pode saborear um bacalhau ou uma sopa caseira por menos de 10 €, num ambiente simples e genuíno (o Portugal verdadeiro!).

Dica pessoal : antes de me sentar num restaurante que não conheço, costumo ver quase sempre as avaliações no Google ou Tripadvisor ! Descobre-se rapidamente as boas moradas locais (e depois agradece-me).

Os falsos guias e vendedores insistentes

À volta da Torre de Belém em Lisboa ou da Sé no Porto, há quem se apresente como “guia turístico”. Alguns sabem realmente do que falam, outros improvisam e esperam apenas uns euros fáceis.

Também há os vendedores ambulantes (pulseiras, óculos, lembranças de gosto duvidoso) e os famosos “proponentes de substâncias” (sim, sim, ainda existem !). Nestes casos, um simples “não, obrigado”, dito com um sorriso, costuma bastar, é quase mágico, vai ver !

Os carteiristas, vigilância nos elétricos e mercados

Lisboa e Porto são cidades seguras, acolhedoras e geralmente tranquilas. Mas os carteiristas adoram multidões ! E o elétrico 28 de Lisboa, por mais pitoresco que seja, tornou-se o seu terreno de eleição.

Alguns reflexos simples
Guarde os objetos de valor num bolso interior ou numa mala bem fechada, à frente do corpo. 

Evite mostrar a carteira cheia de notas à vista de todos.

Use, sempre que possível, cartão bancário ou pagamento móvel.

Pequena anedota, em Portugal, dois carteiristas profissionais tornaram-se quase lendas urbanas : Zé do Porto, conhecido como O Rei dos Elétricos, e Ademir, o seu homólogo lisboeta. Ambos já passaram dos 60 anos e continuam, dizem, a “trabalhar” com certo estilo.

O aluguer de carro, as letras pequenas que saem caras

Alugar um carro em Portugal é sinónimo de liberdade. Explorar as praias desertas do Algarve ou as vinhas do Douro ao seu ritmo… um sonho. Mas cuidado : algumas agências conseguem transformar esse sonho num autêntico quebra-cabeças administrativo.

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As armadilhas mais comuns ? Seguros inflacionados, taxas por meio litro de combustível em falta ou riscos “descobertos” no regresso. Antes de assinar, leia sempre as condições gerais (sim, até as letras pequenas) e consulte as avaliações no Google ou nas plataformas de aluguer.

E, sobretudo, ganhe o hábito de fotografar o carro de todos os ângulos no momento da entrega das chaves, evita muitas dores de cabeça na devolução.

Dica extra : algumas pequenas empresas locais são mais transparentes (e muitas vezes mais baratas) do que as grandes cadeias internacionais. Uma rápida comparação online pode fazer toda a diferença, sem perder qualidade.

As recordações a preços exorbitantes

As ruelas turísticas estão cheias de lojas a vender azulejos, ímanes ou artigos de cortiça. O problema ? Alguns desses produtos “tão portugueses” vêm diretamente… da China.

Para levar uma recordação autêntica, prefira os mercados de artesanato, como o Mercado de Santa Clara em Lisboa, ou as pequenas lojas de bairro. Aí vai encontrar peças únicas, a preços justos, enquanto apoia os artesãos locais e a economia portuguesa.

A título de exemplo, um verdadeiro azulejo artesanal custa entre 5€ e 10€. Se lhe pedirem 25€ numa loja cheia de turistas, já sabe o que isso significa…

Alguns conselhos para uma estadia tranquila em Portugal

Use as aplicações locais (Uber, Bolt, Glovo) ou peça o preço antes de entrar num táxi oficial, para evitar surpresas desagradáveis.

Leia as avaliações recentes antes de reservar um restaurante ou uma excursão.

Prefira os locais frequentados por portugueses : se só ouvir turistas à volta, fuja!

E, em caso de problema, saiba que a polícia (PSP) está muito presente nas grandes cidades e pronta a ajudar, mesmo em inglês (e por vezes em francês).

Viajar por Portugal continua a ser uma experiência maravilhosa, feita de convivência, descobertas e calor humano. E se alguns pequenos espertos tentarem estragar a festa, já está agora preparado para os reconhecer de longe, enquanto continua a aproveitar plenamente o país do fado, do sol e dos sorrisos.

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