
Imaginem-se nos anos 1950 e tal : Lisboa já era linda, mas o trânsito começava a aumentar e a sua geografia de colinas tornava certas deslocações… desportivas ! Foi neste cenário que nasceu a ideia de um metro subterrâneo. As obras começaram a 7 de agosto de 1955 e, quatro anos depois, a primeira secção do Metro de Lisboa foi inaugurada ! Na altura, foi um enorme avanço : esta rede viria a moldar, pouco a pouco, a mobilidade da capital portuguesa.
Um bocadinho de história, só pelo prazer
O sistema inicial, em forma de “Y”, ligava Sete Rios (hoje Jardim Zoológico) aos Restauradores via Rotunda (atual Marquês de Pombal) e depois a Entrecampos.
Hoje, as estações do Metro de Lisboa não são apenas funcionais : algumas tornaram-se verdadeiras pequenas joias de arquitetura ou arte mural, uma piscadela de olho às estações decoradas pela artista Maria Keil nos primeiros anos.
Como funciona, na prática
Bom, chega de nostalgia, como é que fazemos quando chegamos ? O metro funciona todos os dias, incluindo fins de semana : abre por volta das 6h30 da manhã, e as últimas partidas são por volta da 1h00 (a partir das estações terminais).
Compra-se o título de transporte (bilhete simples ou cartão recarregável) nas máquinas automáticas diretamente nas estações. Também existem passes mensais. À entrada da estação, passa-se o título, atravessam-se os torniquetes e a vossa “viagem começa” no momento em que os atravessam !
Aliás, no site oficial do Metro podem consultar mapas, planos, horários e frequências em tempo real !

©lisbonne-idee
Dicas úteis para vos facilitar a vida
Descarreguem a aplicação oficial do Metro de Lisboa (e/ou uma aplicação de transportes da cidade), onde encontrarão o mapa da rede, alertas, horários e itinerários diretamente no vosso bolso !
Se forem turistas ou recém-chegados, deem prioridade às linhas principais (Vermelha, Azul, Amarela, Verde) cobrem bem o centro e as zonas mais importantes.
Pensem nas “horas de ponta” : tal como em todas as grandes cidades, as faixas da manhã (8h-10h) e da tarde (17h-19h) podem estar bem cheias.
Preparem-se para trajetos em túneis ou sob colinas : Lisboa é muito ondulada, e algumas estações são bastante profundas ou inclinadas.
Se transportarem malas ou carrinhos de bebé, procurem as estações com elevadores ou rampas : as informações de acessibilidade estão disponíveis.
Porque adoro ? (e porque vocês também vão adorar)
Pessoalmente, adoro andar de metro em Lisboa porque dá-me aquela sensação de “fazer parte da cidade” : deslizamos por baixo do solo, evitamos o trânsito e chegamos rápido. E além disso é bastante limpo (moderno, para este tipo de rede) ; às vezes vemos decorações lindas nas estações ; e para um expatriado ou visitante, é uma ferramenta que simplifica mesmo a descoberta de Lisboa (bastam algumas paragens e já muda o cenário) !
Algumas limitações a conhecer (vamos ser honestos)
O metro não serve todas as zonas turísticas ou populares de forma direta (por exemplo : alguns bairros históricos como Alfama ou Belém não ficam assim tão perto de uma estação de metro, mas pronto, uma caminhada ao sol não faz mal a ninguém e até é boa para a saúde !)
Dependendo do vosso hotel ou alojamento, o acesso à estação pode implicar uma subida ou descida bastante íngreme (adeus saltos altos !).
Como em qualquer capital, ao final da noite ou nas estações mais movimentadas, mantenham-se atentos e cuidem dos vossos pertences.
O Metro de Lisboa é muito mais do que um simples meio de transporte : é um legado histórico, uma ferramenta prática para viver a cidade e um verdadeiro companheiro das vossas deslocações, sejam elas diárias ou ocasionais. Quer sejam residentes, expatriados ou visitantes, usá-lo com um pouco de preparação (aplicação, mapa, horários) vai poupar-vos tempo, energia e, quem sabe, render-vos algumas belas fotos da vossa vida lisboeta.
Então, da próxima vez que ouvirem o apito de um comboio a chegar à plataforma, pensem nisso : não estão apenas a deslocar-se, estão a viajar pela história de Lisboa. Boa exploração !
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