
No universo do luxo sustentável, são poucas as marcas que conseguem aliar tradição, inovação e respeito pelo ambiente com tanta elegância como a Corticeira Amorim! Fundada em 1870 em Vila Nova de Gaia (a poucos quilómetros do Porto), esta empresa familiar portuguesa é hoje líder mundial no tratamento da cortiça, um material nobre, natural e 100% reciclável.
Desde a produção de rolhas de vinho até às aplicações arquitetónicas mais vanguardistas, a Corticeira Amorim representa a excelência portuguesa e um verdadeiro estilo de vida responsável e criativo. E entre nós, quem diria que um simples pedaço de casca podia tornar-se tão chique ?
Uma saga familiar no coração da cortiça portuguesa
A história da Corticeira Amorim é, antes de mais, uma história de família, de visão e de coragem empreendedora. Tudo começou em 1870, quando António Alves de Amorim (com 19 anos, muita ambição e, provavelmente, mais energia do que um café bem forte !) decidiu lançar-se na aventura e fundar a sua primeira fábrica de rolhas de cortiça em Vila Nova de Gaia. Proveniente de uma família modesta, herdou apenas 2,5% da empresa familiar Amorim & Irmãos após a morte dos pais. À primeira vista, não parecia muito promissor. Mas António dedicou-se de corpo e alma ao projeto, criou relações sólidas com os produtores locais de cortiça e lançou, sem saber, as bases de um futuro império.
Com o passar das décadas, a empresa prosperou, diversificou-se e ganhou notoriedade. Em 1922, a Amorim & Irmãos tornou-se oficialmente membro do grupo Corticeira Amorim, e a história ganhou uma dimensão nacional.
Américo Amorim, o herdeiro visionário
Seguiu-se o neto do fundador, Américo Ferreira Amorim, nascido em 1934 em Mozelos (Santa Maria da Feira). Foi ele quem transformou a modesta empresa num verdadeiro império global. Herdeiro de 50% do grupo, tornou-se um dos homens mais ricos de Portugal, com uma fortuna estimada em 4,8 mil milhões de dólares à data da sua morte, em 2017 (nada mau !).
Sob a sua liderança, a Corticeira Amorim expandiu-se para novos setores (energia, turismo, infraestruturas) sem nunca abandonar a cortiça como essência da sua identidade. Américo era, por assim dizer, o “Steve Jobs da cortiça” : visionário, exigente e profundamente convicto de que tradição e modernidade podiam (e deviam) andar de mãos dadas. O seu legado continua visível em cada produto, cada inovação e nesta filosofia que faz da cortiça um símbolo de excelência sustentável.
António Rios de Amorim, o herdeiro da inovação sustentável
Desde 2001, é António Rios de Amorim, filho de Américo, quem lidera o grupo. Engenheiro industrial de formação, entrou na empresa nos anos 80 e foi subindo degrau a degrau, prova de que se pode liderar um império sem perder o contacto com a base ! Sob a sua presidência, a Corticeira Amorim reforçou ainda mais os seus valores de inovação, design e sustentabilidade. A empresa investe fortemente em Investigação & Desenvolvimento, colabora com designers e arquitetos de renome e multiplica os projetos ousados: desde mobiliário eco-design até acessórios de moda elegantes (as malas são mesmo giras!) e éticas.
Em 2025, António Rios de Amorim foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, uma das mais altas distinções portuguesas, e bem merecida, diga-se ! O seu lema ? Fazer da cortiça um material de excelência e uma montra do engenho português à escala global.
Uma empresa global, com raízes locais
Hoje, a Corticeira Amorim está presente em mais de 100 países e emprega mais de 3.600 pessoas. O grupo está estruturado em cinco unidades de negócio: matérias-primas, rolhas de cortiça, revestimentos de pavimentos e paredes, compósitos e isolamento. Cada divisão é um verdadeiro laboratório de inovação, onde a qualidade é prioridade.
Apesar da sua dimensão global, a empresa mantém-se fiel às suas raízes. A maior parte da produção continua a ser feita na região do Porto, no coração do Montado — esse ecossistema mágico de sobreiros, verdadeiro pulmão verde de Portugal. A Amorim está profundamente comprometida com a preservação deste ambiente único, apoia as comunidades locais e prova que é possível ser líder mundial sem esquecer de onde se veio. (e nós adoramos isso!)
A cortiça: um material com futuro
Ah, a cortiça! Esse material que muitos associam apenas às rolhas de vinho (ou aos quadros da escola) é, na verdade, um tesouro de engenhosidade. Natural, renovável, reciclável, isolante, resistente ao fogo, leve como uma pena e hipoalergénico, um verdadeiro super-herói dos materiais !
A Corticeira Amorim percebeu bem o seu potencial e aplica-o em múltiplos setores.
Rolhas de vinho : como maior produtor mundial, a Amorim garante qualidade irrepreensível, ao serviço dos melhores vinhos (muitos deles da região do Porto, claro !).
Arquitetura e design : a cortiça entra em projetos emblemáticos, como o terminal de cruzeiros de Lisboa, onde se combina com betão para criar uma estrutura moderna e acolhedora. Em Portugal, é comum ver fachadas de edifícios revestidas a cortiça, uma solução elegante e eficiente.
Revestimentos de pavimentos e paredes : ecológicos, confortáveis e bonitos, são uma alternativa sustentável aos materiais tradicionais.
Compósitos de cortiça : utilizados na aeronáutica e na indústria automóvel, mostram que a sustentabilidade pode andar de mãos dadas com a alta performance.

©AmorimCork
Um compromisso com a sustentabilidade
Na Amorim, a sustentabilidade não é uma moda…é uma filosofia ! O grupo trabalha para reduzir a sua pegada de carbono, promover a economia circular e proteger a biodiversidade do Montado. Entre as suas iniciativas, destaca-se o programa XPÜR®, que visa compensar as emissões de CO2 geradas pela produção de rolhas. Além disso, a empresa apoia ativamente a investigação sobre a gestão sustentável das florestas de sobreiros, garantindo a longevidade deste recurso único.
A Corticeira Amorim não é apenas uma empresa de sucesso, é uma verdadeira lenda portuguesa. Uma história de saber-fazer ancestral, inovação ousada e amor pelo território. Um exemplo de resiliência e excelência que enche Portugal de orgulho. Da próxima vez que abrir uma garrafa de vinho, espreite a rolha : pode muito bem ter vindo de Vila Nova de Gaia. E nesse momento, estará a segurar um pedacinho de história e um grande pedaço de Portugal !
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