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Seguro de saúde para expatriados: opções e custos

Seguro de saúde para expatriados: opções e custos

Viver em Portugal é aproveitar um estilo de vida invejável, mas também compreender como funciona o sistema de saúde local. Aqui fica um guia para se proteger da melhor forma.

Instalar-se em Portugal é, para muitos, a concretização de um sonho. Sol, mar, gastronomia e qualidade de vida atraem todos os anos milhares de expatriados.
Mas antes de mergulhar na tranquilidade da vida portuguesa, surge uma questão essencial: como garantir a proteção em matéria de saúde?

Entre o sistema público (SNS), os seguros privados e as ofertas internacionais, existem várias opções, consoante o perfil, o orçamento e a duração da estadia. Aqui fica um panorama geral para compreender as alternativas e evitar surpresas desagradáveis.


O sistema público português: o SNS

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) é o sistema público de saúde em Portugal. Inspirado no modelo britânico, garante o acesso a cuidados de qualidade para todos os residentes legais.
Os expatriados oriundos da União Europeia podem aceder facilmente ao SNS, registando-se no centro de saúde local (Centro de Saúde) e obtendo o número de utente.

O SNS cobre consultas de clínica geral, urgências, especialidades, hospitais e maternidade. Os custos são muito baixos: uma consulta custa cerca de 5 €, e uma ida às urgências entre 15 € e 20 €.
No entanto, os tempos de espera podem ser longos, especialmente para consultas de especialidade ou exames específicos. Por esta razão, muitos expatriados optam por complementar com um seguro de saúde privado.


Os seguros de saúde privados em Portugal

Portugal dispõe de um forte mercado de seguros de saúde privados. Entre as companhias mais conhecidas estão a Médis, Multicare, Allianz, Fidelidade e AdvanceCare.
Estes seguros permitem o acesso rápido a clínicas privadas e aos melhores especialistas do país, com reembolso parcial ou total das despesas.

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Os planos variam, mas uma cobertura básica custa geralmente entre 30 € e 70 € por mês, dependendo da idade, do estado de saúde e das garantias escolhidas.
Os seguros mais completos, que incluem hospitalização, cuidados dentários ou oftalmológicos, podem atingir 150 € a 200 € por mês.

A grande vantagem do sistema privado português é a rapidez: marcação de consultas no próprio dia, hospitais modernos, pessoal multilingue e reembolso fácil através de cartão ou aplicação móvel.


Os seguros de saúde internacionais para expatriados

Para expatriados fora da União Europeia ou viajantes frequentes, os seguros de saúde internacionais são muitas vezes a melhor opção.
Companhias como Cigna Global, Aetna, AXA, Bupa Global ou April International oferecem planos completos válidos em vários países.

Estes seguros cobrem cuidados em Portugal e no estrangeiro, ideais para quem divide o tempo entre diferentes países.
Os preços são superiores aos das seguradoras locais: variam entre 120 € e 300 € por mês, dependendo da cobertura escolhida.

A principal vantagem é a flexibilidade: escolha dos hospitais, reembolso rápido, assistência em inglês e possibilidade de incluir coberturas específicas (maternidade, repatriamento, saúde mental, entre outras).


Qual opção escolher consoante o perfil

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A escolha depende sobretudo da duração da estadia e do estilo de vida:

  • Expatriados residentes a longo prazo: o SNS é suficiente para a maioria das necessidades, especialmente se complementado com um seguro privado simples para evitar esperas.
  • Nómadas digitais e trabalhadores independentes: recomenda-se um seguro privado português ou internacional, pela flexibilidade e rapidez de acesso aos cuidados.
  • Reformados estrangeiros: uma combinação entre o SNS e um seguro privado de gama média garante o melhor equilíbrio entre custo e qualidade.
  • Estudantes e jovens expatriados: as opções locais básicas ou os seguros estudantis europeus costumam ser suficientes.

Como inscrever-se e quais os procedimentos

Para se registar no sistema público, é necessário apresentar:

  • Documento de identificação ou passaporte.
  • Comprovativo de residência (contrato de arrendamento ou fatura).
  • Número de contribuinte (NIF).

Após o registo, o centro de saúde atribui um médico de família, que encaminha o paciente para especialistas sempre que necessário.
Nos seguros privados, a subscrição faz-se online ou em agência, muitas vezes em menos de uma hora. Algumas companhias exigem um questionário médico ou um período de carência antes da ativação de certas coberturas.


Conclusão

Ter um seguro de saúde em Portugal não é complicado nem caro, mas requer alguma organização.
O sistema público continua eficiente e acessível, enquanto os seguros privados oferecem conforto e rapidez.
Combinando ambos, os expatriados beneficiam de uma proteção completa e de uma tranquilidade essencial.
Porque, em Portugal, a saúde faz parte da arte de bem viver.

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